O gosto pelo futebol parece ser uma das poucas unanimidades nacionais
do Brasil. As diferenças sociais, políticas e econômicas, tão marcantes
no dia-a-dia do país diluem-se quando a equipe verde-amarela entra em
campo e entoa o hino nacional. De alguma forma, a nação brasileira
somente se vê inteira durante as Copa do Mundo de Futebol.
Daí, nada mais lógico do que o país acolher novamente um
campeonato mundial, agora em 2014. O entusiasmo, a capacidade de
mobilização que o futebol proporciona ao Brasil são potentes motores
para que as várias cidades
brasileiras possam vencer o desafio de sediar uma Copa. Problemas de
saneamento, transportes e até de educação, entre outros, podem ser
abordados de forma nova, com o apoio da ampla mobilização que somente a
Copa pode trazer ao país.
Para o Brasil, a Copa de 2014 é a oportunidade de o país dar
um salto de modernização e apresentar não só sua capacidade de
organização, como também força econômica para captar investimentos e os
muitos atrativos que podem transformar o país em um dos mais importantes
destinos turísticos do mundo a partir de um futuro próximo.
Os números de países que já sediaram a Copa do Mundo de
Futebol, comprovam que o evento pode não ser o acontecimento esportivo
de maior porte do planeta, mas com certeza é o que tem maior apelo
midiático e maior capacidade de gerar recursos para os setores direta e
indiretamente envolvidos em sua realização. Para qualquer país onde seja
realizado, o evento tem o apelo de uma vitrine capaz de mostrar a
milhões de telespectadores de todos os cantos do planeta aspectos que
vão muito além de estádios e disputas esportivas.
Diante da oportunidade, o planejamento pautado por objetivos
claros e pelas demandas locais não pode ficar em segundo plano, sob pena
de a vitrine que queremos mostrar ao mundo seja transformada em uma
frágil vidraça que evidencia os problemas do país e afasta tanto o
turista estrangeiro como o investidor internacional que queremos atrair.
Para que o saldo do evento seja positivo, muitos desafios devem ser
superados e os estados e as cidades que irão sediar a Copa 2014 precisam
começar a preparar-se, imediatamente.
O que está em jogo não é apenas o futebol ou o "Caneco da
Fifa", mas a oportunidade de o país atrair bilhões e bilhões de dólares
em investimentos para seu desenvolvimento. O que interessa, de fato, é
aproveitar a Copa para construir a infraestrutura que ficará no Brasil
de 2022, quando o país completa o Bicentenário da Independência.
Fonte: Porque o Brasil.
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