História das Copas

Uruguai 1930
Campeão: Uruguai
Vice: Argentina
3º lugar: EUA
4º lugar: Iugoslávia
Artilheiro: Guillermo Stabile (ARG)
Seleções: 13
Abertura: 13 de julho de 1930
Encerramento: 30 de Julho 1930
Jogos: 18
Gols: 70 (média de 3,9 por jogo)
Público: 434.500 (média de 24.138 por jogo)
 A Copa sulamericana
O Uruguai é palco da primeira Copa do Mundo no centenário da sua independência e conquista o título com a goleada de 4-2 sobre a rival Argentina. As grandes seleções europeias ignoram o torneio e os sulamericanos dominam a cena. O Brasil, cotado entre os favoritos, fez uma das piores campanhas da sua história devido a uma briga entre cartolas. 
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Itália 1934
Campeão: Itália
Vice: Tchecoslováquia
3º lugar: Alemanha
4º lugar: Áustria
Artilheiro: Oldrich Nejedly (TCH)
Seleções: 16
Abertura: 27 de maio de 1934
Encerramento: 10 de Junho de 1934
Jogos: 17
Gols: 70 (média de 4,1 por jogo)
Público: 358.000 (média de 21.058 por jogo) 
 O fascismo entra em campo
Com o avanço do fascismo, a Copa vira instrumento de propaganda política nas mãos do ditador italiano Benito Mussolini. Sobram suspeitas de fraude para favorecer o time da casa, que superou as fortes seleções da Espanha e da Áustria e conquistou o título com a virada de 2-1 sobre a Tchecoslováquia. O Brasil repete o fiasco de 1930 e não passa da primeira fase. 
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França 1938
Campeão: Itália
Vice: Hungria
3º lugar: Brasil
4º lugar: Suécia
Artilheiro: Leônidas da Silva (BRA)
Seleções: 15
Abertura: 4 de junho de 1938
Encerramento: 19 de junho de 1938
Jogos: 18
Gols: 84 (média de 4,7 por jogo)
Público: 376.000 (média de 20.888 por jogo) 
A última Copa antes da Guerra
Batalhas nos gramados antecipam a barbárie da Segunda Guerra, que já se anunciava no cenário político europeu. Na final, a Itália conquista um merecido bicampeonato com a goleada de 4-2 sobre a Hungria. O Brasil chega em 3º lugar e empolga os torcedores com o talento de Leônidas da Silva, artilheiro da Copa com sete gols. 
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Brasil 1950
Campeão: Uruguai
Vice: Brasil
3º lugar: Suécia
4º lugar: Espanha
Artilheiro: Ademir (BRA)
Seleções: 13
Abertura: 24 de junho de 1950
Encerramento: 16 de julho de 1950
Jogos: 22
Gols: 88 (média de 4,0 por jogo)
Público: 1.043.500 (média de 47.431 por jogo) 
 Maracanazo
A primeira Copa disputada no Brasil tem um desfecho trágico para o público local. Um empate no último jogo garantia o título aos brasileiros, mas a seleção perde do Uruguai de virada e frustra os 200 mil torcedores que lotavam o Maracanã. A derrota ganhou o apelido de Maracanazo, e durante muitos anos assombrou a memória dos brasileiros. 
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 Suíça 1954
Campeão: Alemanha Ocidental
Vice: Hungria
3º lugar: Áustria
4º lugar: Uruguai
Artilheiro: Sandor Kocsis (HUN)
Seleções: 16
Abertura: 16 de Junho de 1954
Encerramento: 4 de Julho de 1954
Jogos: 26
Gols: 140 (média de 5,4 por jogo)
Público: 889.500 (média de 34.211 por jogo) 
O milagre de Berna
Contrariando todas as previsões, a Alemanha Ocidental derrota a Hungria e conquista o Mundial que teve a maior média de gols da história. A vitória ficou conhecida como o Milagre de Berna, já que ninguém acreditava no fracasso dos húngaros, invictos há 31 jogos. O Brasil, traumatizado com a derrota de 1950, protagoniza uma pancadaria histórica e é eliminado nas quartas-de-final. 
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Suécia 1958
Campeão: Brasil
Vice: Suécia
3º lugar: França
4º lugar: Alemanha Ocidental
Artilheiro: Just Fontaine (FRA)
Seleções: 16
Abertura: 8 de junho
Encerramento: 29 de junho
Jogos: 35
Gols: 126 (média de 3,6 por jogo)
Público: 919.580 (média de 26.273 por jogo) 
 O mundo conhece Pelé
Após 28 anos de espera, o Brasil finalmente conquista seu primeiro Mundial. A vitória inédita foi apenas um dos destaques da competição, que ainda teve o maior artilheiro de todas as Copas, o francês Just Fontaine, e marcou a estreia internacional de Pelé, um dos maiores craques de todos os tempos. 
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Chile 1962
Campeão: Brasil
Vice: Tchecoslováquia
3º lugar: Chile
4º lugar: Iugoslávia
Artilheiros: Florian Albert (HUN), Valentin Ivanov (URSS), Drazen Jerkovic (IUG), Leonel Sanchez (CHI), Vavá (BRA), Garrincha (BRA)
Seleções: 16
Abertura: 30 de maio
Encerramento: 17 de junho
Jogos: 32
Gols: 89 (média de 2,8 por jogo)
Público: 899.074 (média de 28.096 por jogo) 
 A vez de Garrincha
Com a mesma base de 1958, a seleção brasileira bate a Tchecoslováquia e conquista um merecido bicampeonato. Contundido, Pelé ficou fora do mundial, mas Garrincha supriu a ausência do rei e liderou a seleção rumo ao título. A Copa do Chile marcou o início de um futebol mais duro e vários de seus jogos descambaram para a violência. 
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Inglaterra 1966
Campeão: Inglaterra
Vice: Alemanha Ocidental
3º lugar: Portugal
4º lugar: União Soviética
Artilheiro: Eusébio (POR)
Seleções: 16
Abertura: 11 de julho
Encerramento: 30 de julho
Jogos: 32
Gols: 89 (média de 2,8 por jogo)
Público: 1.635.000 (média de 51.093 por jogo)
 Vitória suspeita
Com gol duvidoso de Geoff Hurst, a Inglaterra vence os alemães na prorrogação e conquista seu primeiro e único Mundial, mas o triunfo fica manchado por suspeitas de favorecimento da arbitragem. Os bicampeões Brasil e Itália são eliminados na fase de grupos, enquanto Portugal, do artilheiro Eusébio, mostra um futebol ofensivo e recebe os aplausos da crítica internacional. 
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México 1970
Campeão: Brasil
Vice: Itália
3º lugar: Alemanha Ocidental
4º lugar: Uruguai
Artilheiro: Gerd Mueller (ALE)
Seleções: 16
Abertura: 31 de maio
Encerramento: 21 de junho
Jogos: 32
Gols: 95 (média de 3,0 por jogo)
Público: 1.603.975 (média de 50.124 por jogo) 
 A Constelação do tri
Rivelino, Tostão, Gérson, Carlos Alberto e Jairzinho, craques da seleção brasileira liderados por Pelé, esbanjam talento no México e fazem do Brasil o primeiro tricampeão mundial. Mas o futebol consagrado em campo levou um duro golpe em casa, onde viu sua conquista ser usada como propaganda política do regime militar. 
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Alemanha 1974
Campeão: Alemanha Ocidental
Vice: Holanda
3º lugar: Polônia
4º lugar: Brasil
Artilheiro: Grzegorz Lato (POL)
Seleções: 16
Abertura: 13 de junho
Encerramento: 7 de julho
Jogos: 38
Gols: 97 (média de 2,6 por jogo)
Público: 1.768.152 (média de 46.530 por jogo) 
 Alemanha, mais uma vez
A Alemanha Ocidental repete o feito de 1954 (quando bateu a Hungria) e arranca o título da Holanda, favorita disparada na opinião de torcedores e analistas. Com seu inovador "futebol total", o time de Johan Cruyff derrota o Brasil tricampeão na semifinal, mas não consegue superar a força e a disciplina tática do time de Franz Beckenbauer e Gerd Müller. 
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Argentina 1978
Campeão: Argentina
Vice: Holanda
3º lugar: Brasil
4º lugar: Itália
Artilheiro: Mario Kempes (ARG)
Seleções: 16
Abertura: 1 de junho
Encerramento: 25 de junho
Jogos: 38
Gols: 102 (média de 2,7 por jogo)
Público: 1.546.151 (média de 40.688 por jogo) 
 Vitória sem brilho
A Argentina conquista seu primeiro Mundial em um torneio repleto de controvérsias dentro e fora dos gramados. Como o fascismo italiano em 1934, a ditadura argentina transforma o torneio em propaganda do regime, o que gera protestos em vários países. Desfalcada de Johan Cruyff, que se recusou a participar, a "Laranja Mecânica" perde a segunda final consecutiva. 
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Espanha 1982
Campeão: Itália
Vice: Alemanha Ocidental
3º lugar: Polônia
4º lugar: França
Artilheiro: Paolo Rossi (ITA)
Melhor Jogador FIFA: Paolo Rossi (ITA)
Prêmio Fair Play FIFA: Brasil
Seleções: 24
Abertura: 13 de junho
Encerramento: 11 de julho
Jogos: 52
Gols: 146 (média de 2,8 por jogo)
Público: 2.109.723 (média de 40.571 por jogo) 
 
Tri da Itália
Com os 3x1 sobre a Alemanha Ocidental, a Itália do artilheiro Paolo Rossi quebra um jejum de 48 anos e conquista o tricampeonato. Numa Copa ampliada de 16 para 24 times, as seleções de maior destaque não participam da final: a França (de Michel Platini) chega em 3º. E o Brasil (de Zico, Sócrates e Falcão) é eliminado pela campeã em jogo épico da segunda fase.
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 México 1986
Campeão: Argentina
Vice: Alemanha Ocidental
3º lugar: França
4º lugar: Bélgica
Artilheiro: Gary Lineker (ING)
Melhor Jogador FIFA: Diego Maradona (ARG)
Prêmio Fair Play FIFA: Brasil
Seleções: 24
Abertura: 31 de maio
Encerramento: 29 de junho
Jogos: 52
Gols: 132 (média de 2,5 por jogo)
Público: 2.393.331 (média de 46.025 por jogo) 
Maradona domina
Com jogadas geniais e dois gols antológicos contra a Inglaterra (um deles com ajuda da controversa "mão de Deus"), Maradona lidera a Argentina rumo ao bi Mundial e se consagra o maior jogador dos anos 80. Nas quartas-de-final, a favorita França elimina a seleção brasileira nos pênaltis, mas novamente é barrada na semifinal pela Alemanha. 
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Itália 1990
Campeão: Alemanha
Vice: Argentina
3º lugar: Itália
4º lugar: Inglaterra
Artilheiro: Salvatore Schillaci (ITA)
Melhor Jogador FIFA: Salvatore Schillaci (ITA)
Prêmio Fair Play FIFA: Inglaterra
Seleções: 24
Abertura: 8 de junho
Encerramento: 8 de julho
Jogos: 52
Gols: 115 (média de 2,2 por jogo)
Público: 2.516.348 (média de 48.391 por jogo) 
Alemanha dá o troco
Um ano após a queda do muro de Berlim, a Alemanha dá o troco na Argentina e conquista o tri Mundial. A Copa mais defensiva da história teve como destaques Camarões e Colômbia (que chegaram a ser cotadas para o título) e o alemão Franz Beckenbauer, o segundo, depois de Zagalo, a vencer Copas como jogador (1974) e como técnico. 
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 Estados Unidos 1994
Campeão: Brasil
Vice: Itália
3º lugar: Suécia
4º lugar: Bulgária
Artilheiro: Oleg Salenko (RUS), Hristo Stoichkov (BUL)
Melhor Jogador FIFA: Romário (BRA)
Prêmio Fair Play FIFA: Brasil
Seleções: 24
Abertura: 17 de junho
Encerramento: 17 de julho
Jogos: 52
Gols: 141 (média de 2,7 por jogo)
Público: 3.587.538 (média de 68.991 por jogo) 
Os baixinhos do tetra
Vinte e quatro anos após a brilhante geração do tri, a seleção dos baixinhos Romário e Bebeto volta a levantar a taça do mundo. Na primeira decisão por pênaltis da história, italianos e brasileiros brigavam pelo tetracampeonato e a cobrança de Roberto Baggio por cima do travessão de Taffarel se transforma no símbolo da conquista brasileira. 
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França 1998
Campeão: França
Vice: Brasil
3º lugar: Croácia
4º lugar: Holanda
Artilheiro: Davor Suker (CRO)
Melhor Jogador FIFA: Ronaldo (BRA)
Prêmio Fair Play FIFA: Inglaterra, França
Seleções: 32
Abertura: 10 de junho
Encerramento: 12 de julho
Jogos: 64
Gols: 171 (média de 2,7 por jogo)
Público: 2.785.100 (média de 43.517 por jogo) 
A vez da França
A seleção francesa esperou 68 anos para conquistar o torneio idealizado por seu conterrâneo Jules Rimet. Mas valeu a pena. O time de Zidane apresentou o melhor ataque e a melhor defesa da competição e se consagrou com uma goleada final sobre o tetracampeão Brasil cujo maior astro, Ronaldo, sofreu uma convulsão enigmática horas antes do jogo.
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Campeão: Brasil
Vice: Alemanha
3º lugar: Turquia
4º lugar: Coréia do Sul
Artilheiro: Ronaldo (BRA)
Melhor Jogador FIFA: Oliver Kahn (GER)
Prêmio Fair Play FIFA: Bélgica
Seleções: 32
Abertura: 31 de maio
Encerramento: 30 de junho
Jogos: 64
Gols: 161 (média de 2,5 por jogo)
Público: 2.705.197 (média de 42.268 por jogo) 
A redenção de Ronaldo
Ronaldo exorciza os fantasmas de 1998, marca dois na final contra a Alemanha e garante o penta para o Brasil. Foi a consagração de uma equipe que chegou desacreditada ao primeiro Mundial realizado na Ásia, mas que venceu todos os seus jogos e marcou 18 gols o melhor ataque de um torneio em que Coréia do Sul e Turquia, duas zebras, alcançaram as semifinais.
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Alemanha 2006
Campeão: Itália
Vice: França
3º lugar: Alemanha
4º lugar: Portugal
Artilheiro: Miroslav Klose (ALE)
Melhor Jogador FIFA: Zinedine Zidane (FRA)
Prêmio Fair Play FIFA: Espanha, Brasil
Seleções: 32
Abertura: 9 de junho
Encerramento: 9 de julho
Jogos: 64
Gols: 147 (média de 2,3 por jogo)
Público: 3.359.439 (média de 52.491 por jogo) 
 Tetra da Itália
Com a melhor defesa da história das Copas, a Itália supera o trauma dos pênaltis e conquista o tetra contra a França. Zidane, o herói do título francês de 1998, se aposentou debaixo de vaias ao agredir o zagueiro italiano Materazzi com uma cabeçada violenta, no segundo tempo da prorrogação. O Brasil, com problemas dentro e fora dos gramados, faz feio na competição. 
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