As obras de infraestrutura para a Copa do Mundo 2014 devem receber
investimentos de cerca de R$ 47 bilhões. Isso inclui modernização dos
aeroportos, estádios de futebol, telecomunicações, segurança,
qualificação profissional, segurança, mobilidade urbana, energia e
saúde, segundo informou o ministro do Esporte, Orlando Silva, em entrevista ao programa Bom Dia Ministro,
transmitido pela Rádio Nacional para todo o país. Conforme explicou,
uma parte dos recursos virá dos cofres públicos, mas também haverá
dinheiro do setor privado. Segundo o ministro, o evento esportivo terá
“impacto indireto” de aproximadamente R$ 185 bilhões.
“É possível que nós cheguemos a perto de R$ 47 bilhões de investimentos em função da preparação do Mundial da FIFA, parte disso investimento público, parte disso investimento privado. E o importante é que esses R$ 47 bilhões investidos têm repercussão em toda a economia. Há repercussão indireta na economia, há recirculação dos recursos, porque quando você investe na construção de uma obra como um estádio, você vai investir na… Repercute na área siderúrgica, na área de cimento, na área de equipamentos, podendo chegar a R$ 185 bilhões o impacto indireto da realização da preparação desse mundial.”
Orlando Silva destacou também que o evento esportivo irá ajudar na
geração de empregos. Ele estima que 700 mil novos empregos serão
oferecidos no país em função da preparação e da realização da
competição. “Por isso que eu creio que é uma oportunidade de antecipar
investimentos para o Brasil, que, mais cedo ou mais tarde, o país teria
que fazer”, destacou. Ele disse também que “há tempos se fala de
aeroportos, mas o fato de a Copa ter dia e hora marcada para começar
acabou estimulando que o governo tomasse novas medidas; acaba
estimulando o setor privado a fazer mais investimentos e antecipar a
melhoraria das condições de vida da população brasileira, investimentos
que, mais cedo ou mais tarde, o país teria que fazer”.
Questões como a situação dos aeroportos e dos estádios brasileiros
ocuparam quase que a totalidade da entrevista. Ele explicou que a
presidenta Dilma Rousseff está atenta aos preparativos do evento
esportivo e deve comandar uma reunião com governadores e prefeitos das
cidades-sede no fim de maio. O ministro lembrou também que no âmbito do
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) há previsão de muitas das
obras que estão diretamente ligadas a Copa 2014 e ressalvou ainda o
aumento de demanda da população no setor aeroportuário.
“Ou seja, cada vez mais pessoas andam de avião e, por isso, teremos que aumentar o número de terminais de passageiros, melhorar as pistas, os pátios dos aeroportos do Brasil. A presidenta Dilma criou uma secretaria específica para a aviação civil, mudou completamente o comando da Infraero, que é a empresa que cuida da infraestrutura aeroportuária, determinou que seja feito investimento de perto dos R$ 6 bilhões para a modernização dos aeroportos brasileiros e orientou que o governo trabalhe para atrair investidores privados, na forma de concessão.”
E prosseguiu: “assim como, em algumas estradas brasileiras, já há
concessão para o setor privado, os aeroportos também terão concessões,
de modo a que possamos andar mais rápido na modernização desses
aeroportos”. Diria, continuou, que, além de aeroportos, a presidenta tem
uma preocupação com melhoria dos transportes nas grandes cidades.
“Por isso nós selecionamos 54 projetos que vão melhorar a circulação das pessoas, sobretudo com transporte coletivo, nas cidades da Copa. Caminha em um ritmo crescente, e nós queremos que aumente o ritmo. A presidenta vai até convidar, Dilson, no dia 30 de maio, os governadores e prefeitos das cidades da Copa para discutir com eles medidas para que as obras andem mais rápido. Então, eu diria que ainda estão na fase de aceleração para entregar o Brasil bem em 2014.”
O ministro destacou também a setor portuário. Como explicou, os sete
principais portos brasileiros receberão cerca de R$ 700 milhões em
investimentos. São eles: o porto de Santos, em São Paulo, o Rio de
Janeiro, o porto de Salvador, o de Recife, o de Fortaleza, o de Natal e o
de Manaus. Sendo que estes portos terão foco em terminais de
passageiros.
“Se nós observarmos os dados recentes, nós vamos ver que cresce muito a participação dos cruzeiros marítimos na costa brasileira, passa a ser um assunto de maior interesse por parte da nossa população, para o turismo, para o lazer”, disse.
Orlando Silva foi indagado sobre a modernização da lei de licitações,
que considerou muito importante pelo fato de estimular a concorrência
entre empresas, mas ao mesmo tempo defendeu menos burocracia nas
licitações. “Por isso que a Câmara dos Deputados examina, nesse momento,
um rito simplificado, um rito que inclusive bebe na experiência
internacional, na experiência de Londres, que é a experiência mais
recente”, contou.
Fonte: Copa do mundo 2014 terá " impacto indireto" de R$ 185 bilhões. Disponível na Internet via WWW. URL: http://blog.planalto.gov.br/copa-do-mundo-2014-tera-impacto-indireto-de-r-185-bilhoes-preve-ministro/ . Data: 04/05/2012.
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